terça-feira, 6 de maio de 2008

Aborto: cada um faz a sua história


A conheci há 3 anos. Tivemos nossos bons e maus momentos.
Há situações na vida que são irreversíveis, sempre me disseram isso, embora - costumeiramente - eu negasse essa idéia.
O bebê foi uma conseqüência mal planejada, sem falar da chateação das famílias, a pressão sofrida por ela e minha parcela de culpa que me angústiava por longos períodos de sofrimento.
Após as tormentas de tensão, conversamos sobre a gravidez e definimos o que seria feito. Embora nossas famílias fossem a favor do aborto, reprovávamos constantemente essa hipótese e decidimos enfrentar a situação juntos. Quer queira quer não, é uma vida que estaria ameaçada, uma vida com feições minhas e traçoes dela, com metade de nossas características e personalidades.
9 meses se passaram. Tornei-me outra pessoa, creio que ela também, e a nova moradora da casa, ham! É tão feliz e sorridente que alterou nossos ânimos de repente. Há mais harmonia em nossas vidas. A criança nos transformou, e nos mostrou a importância da vida, tal como a dela.
Hoje, sou eternamente agradecido por estarmos junto com nossa filha e sermos feliz ao lado dela. Talvez não alcançaríamos essa excelência se optássemos pelo aborto. Na vida, fazemos escolha, cada um faz a sua.

Um comentário:

Gabriela Passos disse...

Na maioria das vezes que a mulher engravida inesperadamente, sem planos, ainda mais quando é jovem, o pai do bebê é o primeiro a pedir para ela abortar. Gostei de você ter mudado essa idéia. Apesar de ser um transtorno, se o casal pensar bem, pode ser bem melhor aceitar a criança. Até porque é muito comum a mulher abortar por pressão dos pais e depois se arrepender da covarde atitude. Muito bom!