quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Idem e Ibidem, quem?



Algumas palavras e expressões que são "regrinhas a parte" - distantes do habitual - são exceções para serem compreendidas - como toda e qualquer exceção - e transformadas em conhecimento, para evitar erros e demais complicações posteriores. No entanto, existem aquelas - expressões - que ninguém toma conhecimento, por diversas razões. E quem adquire-as, destaca-se.
Certo dia de viagem, estava a conhecer as terras gaúchas - Rio Grande do Sul. Me encanto com a riqueza cultural daquela gente, sotaque formoso, cidades organizadas, infraestrutura, outro País. Me deparei com um açougue intrigante. Nele, havia uma tabela com as informações: "Carne sem osso; idem, com osso; ibidem, sem idem, idem, sem ibidem" - sério! Estava assim escrito. E o preço decrescia conforme os produtos, sendo o último item gratuito.
"Que atire a primeira borracha quem nunca deixou de fracassar em algum problema". A situação foi perturbadora, confusa, mas procurei informações sobre esse tal ibidem. Descobri que é usado em casos de repetição sequencial e, que após seu uso, é empregado o idem novamente - ao invés de ibidem. Vamos a tradução:
1 -Carne sem osso; 2- idem(A carne) com osso = Carne com osso; 3- ibidem(A carne com osso), sem idem(A carne) = Osso; 4- idem(O osso), sem ibidem(que seria o último idem, o osso) = Nada [risos].
É notável perceber que depois dessa explicação, as dúvidas e complicações se esclarecem - ou não -, e que a língua portuguesa nos propõe, a certo modo, facilidades da gramática, não é mesmo? Não é mesmo! E deduzo que 90% das pessoas que leram ou lerão esse artigo também não sabiam dessa existência. Logo, divulgaremos estas particularidades a troco de que? Em busca de uma nação menos ignorante - talvez.

domingo, 28 de outubro de 2007

Lição de Vida

Obstáculos são enfrentados por uma família após saberem que o pai – Luiz – e a mãe – Virgínia – possuíam AIDS. Com o desaparecimento do pai, supostamente por suicídio, Virgínia e suas filhas lutam juntas contra todas as dificuldades enfrentadas até então. Descriminação, preconceito, solidariedade e fé são assuntos relevantes ao cotidiano dessas jovens.
Cláudia, a mais velha das irmãs, é uma adolescente que vivencia muitas transformações em sua vida, as quais requerem atitudes decisivas. Quando descobre sua gravidez tenta não revelar tal segredo, o que demonstra sua insegurança. Isabel, a mais nova, é uma jovem com desejos e sonhos pré-definidos. Segundo a irmã, Isabel era uma grande aprecioadora de respostas fáceis e assim dava-as como justificativa ao sumiço do pai.
Neste incrível desenrolar da história, muitos acontecimentos ocorrem. O egoísmo de Franco – namorado de Cláudia – em não querer que a criança nasça e conviva na mesma casa da avó, que é aidética; a tristeza de Virgínia ao pensar que prejudicaria a vida de suas filhas com o seu sofrimento e, em seguida, a tentativa de suicídio por parte dela, em não acreditar mais em sua vida; as mais diversas críticas e repugnâncias contra sua família Virgínia, Cláudia e Isabel passaram, tendo em vista a mãe portadora do vírus HIV.
Ao término, a história se direciona para uma idéia pessimista, contudo verídica. “ A verdade é que a solidariedade só aparece na dor e no desespero, um dado de sobrevivência”. Isso é fortemente retratado pela comunidade. Foram desprezados pelos parentes e acolhidos por pessoas distantes, mas com algo em comum: uniram-se a eles e formaram uma sociedade, ou melhor, uma família.

verídico

Existência

Engraçado é fazer as pessoas rirem de algo que não seja engraçado. Na verdade, de sua capacidade você usou para fazer o senso crítico da piada, despertar nos ouvintes de uma maneira mais atenta. Mas pouco importa. Afinal, o assunto do texto é diferente.
Estamos a procura de que afinal? A vida é um ciclo de idéias rotineiras que se reúnem em etapas. Acordamos todos os dias para satisfazer a tarefas tendidas por um término. E então, fazemos de tudo para que estas sejam vistas por outras pessoas, que se orgulhem e se satisfazem com nossas proezas, sem que há um retorno pródigo e gratificante.
O que ganhamos com isso? Um pouco de prestígio, talvez. Poderíamos nem existir nesse momento. Já imaginou? Tudo o que existe no mundo, todos os planetas e sistemas solares e a vida fora da Terra não houvessem mais - logo você reflete: "vida sem nada"[ou sem tudo]; sem: msn, computador, televisão, joguinhos felizes, pessoas, animaizinhos, platinhas, seres vivos! Apenas um amontoado de nada no nada.
É muito complexo pensar nisso, ou chegar em alguma conclusão - enxergar a monotonia de outra forma existencial. Entretanto, se isso fosse possível, não estaríamos aqui prestigiando esse momento exclusivo. De qualquer forma, vamos prestigiar o que nos incentiva e revigora. Saudemo-nos!