segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Dia chegou

por André Bissoli

Em nossas vidas, enfrentamos sensações que nos fazem sentir estranhos - nem alegres, nem tristes -, e nos deixam ligeiramente abatidos. Uma delas é a que convivo no momento. Acabaram-se as férias, minha vida mudou completamente. É cruel, de uma hora para outra, jogar toda a responsabilidade em cima de um adolescente de 17 anos e, pedir que ele escolha sua carreira vocacional para o resto de sua vida. Esse será o obstáculo final que separa o ambiente escolar do não-escolar: 3º ano. Claro, tem quem diga que passar para a 5ª série, ou para a oitava, até mesmo para o 1º ano é uma mudança respeitada. Mas nenhuma dessas transições pode ser comparada ao 3º ano.
Nesse ano, nada de longas discussões, perda de tempo, explicações demoradas, ou “enrolações” diversas. Somente o estudo, absoluto e focado, e um único objetivo: passar no vestibular, ser aprovado e ingressar em uma faculdade. É óbvio que há faculdades melhores que outras e, pessoas que fazem cursos técnicos. Entretanto, os objetivos são os mesmos e seguem linhas semelhantes a esta.
Quando reflito e, encaro que essas mudanças já se iniciaram, sinto-me impotente. Não há o que pensar, não há o que planejar - somente a arrumação de lápis, caneta, fichário, entre outros materiais, estudo... -, não há o que discutir. Não digo que a vida dos finais de semana acabará, mas será afetada.
Para essa jornada ao 3º ano, desejo disposição e sorte a todos, e que não esqueçamos de nos divertir de vez em quando. Só não vou lembrar da faculdade, porque aí o texto teria cerca de oito páginas.